quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Florbela Espanca

Biografia

Florbela Espanca nasceu no Alentejo, em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894.
Filha ilegítima de uma "criada de servir" falecida muito nova, alegadamente de "nevrose", foi registada como filha de pai incógnito, marca social ignominiosa que haveria de a marcar profundamente, apesar de curiosamente ter sido educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viçosa, tal como seu irmão de sangue, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registado da mesma maneira. Note-se ainda que o pai, que sempre a acompanhou, só 19 anos após a morte da poetisa a perfilhou, por altura da inauguração do seu busto em Évora, debaixo de cerrada insistência de um grupo de florbelianos.
Estudou em Évora, onde concluiu o curso dos liceus em 1917. Mais tarde vai estudar para Lisboa, frequentando a Faculdade de Direito. Colaborou no Notícias de Évora e, embora esporádicamente, na Seara Nova. Foi, com Irene Lisboa, percursora do movimento de emancipação da mulher.
Os seus três casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas em geral e a morte do irmão, Apeles Espanca (a quem a ligavam fortes laços afectivos), num acidente com o avião que tripulava sobre o rio Tejo, em 1927, marcaram profundamente a sua vida e obra.
Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos. O seu suicídio foi socialmente manipulado e, oficialmente, apresentada como causa da morte, um «edema pulmonar».
Com a sua personalidade de uma riqueza interior excepcional, escreveu os seus versos com uma perturbação ardente, revelando um erotismo feminino transcendido, pondo a nu a intimidade da mulher, dando novos rumos à consciência literária nascida de vivências femininas.
A sua Poesia é de uma imensa intensidade lírica e profundo erotismo. Cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina sem que alguns críticos não deixem de lhe encontrar, por isso mesmo, um "dom-joanismo no feminino".
O sofrimento, a solidão, o desencanto, aliados a imensa ternura e a um desejo defelicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito, constituem a temática veiculada pela veemência passional da sua linguagem. Transbordando a convulsão interior da poetisa pela natureza, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas.
Florbela Espanca não se liga claramente a qualquer movimento literário. Próxima doneo-romantismo de fim-de-século, pelo carácter confessional e sentimentalista da sua obra, segue a poética de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, pode considerar-se influência de Antero de Quental e de Camões.
Só depois da sua morte é que a poeta viria a ser conhecida do grande público, tendo contribuído para isso, inicialmente, a publicação de Charneca em Flor (1930) pelo professor italiano Guido Batelli.
Na Enciclopédia Larousse, esta poetisa é definida como «parnasiana, de intenso acento erótico feminino, sem precedentes na Literatura Portuguesa. A sua obra lírica, iniciada em 1919, com o Livro das Mágoas, antecipa em seu meio a emancipação literária da mulher».
No entanto, Florbela Espanca teve um “frio acolhimento” durante toda a sua conturbada vida. As críticas contemporâneas sobre a sua poesia podem facilmente colocar-se em extremos opostos, desde: versos imprimidos de “toda a ternura, todo o sentimento de uma alma de mulher”, “verdadeiro mimo”, ou, por outro lado, “escrava de harém”, “lábios literariamente manchados”, “um livro mau, um livro desmoralizador”.Vacilando entre a moral e o preconceito, a beleza própria da poesia de Florbela recebeu pouco mais do que incompreensão, em vida e manipulação em morte, durante cerca de 40 anos. Atente-se que até no plano político Florbela foi declarada inimiga do Estado Novo.
A ficção manipulada por Battelli na onda de sensacionalismo gerada no ano seguinte ao seu suicídio, só em 1979 conhecerá melhor esclarecimento, quando Augustina Bessa-Luís escreve Florbela Espanca, a vida e a obra recorrendo diractamente ao estudo do espólio. ("Florbela Espanca",. Lisboa: Arcádia, 1979; 3ª ed., Guimarães, 1998)
Parece incrível como a intimidade pode ser ficcionalizada e sustentada até que José Régio, Jorge de Sena e Vitorino Nemésio se dedicaram à imagem política e poética, quase como uma frente de libertação, para trazer a verdadeira Florbela e a poeta que deve ser lida pelo que deixou em texto, sem vínculos com sua vida particular.
Com ou sem escândalo, ou fascinação pelo escândalo; com ou sem histórias de atribulações novelescamente ligadas a uma sucessão de três casamentos infelizes, a perdas familiares dolorosas e à incompreensão constante na sua vida, o que fica é a voz poética da "alma gémea" de Fernando Pessoa, autêntica, feminina e pungente.
Mesmo se, por vezes, marcada por algum convencionalismo, a sua poesia tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É considerada como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.

Este é o meu preferido:


Ser poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
________________________________________________________

Poema, entretanto, muito divulgado e popularizado pelo cantor Luís Represas.

Quim Barreiros - Cabritinha

Dedicado à "Cabritinha Preta"

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Avé Maria Schubert

Enquanto me dirigia para ti...

Tony Carreira - Sonhos de Menino

Para uma colega especial... Esta é para ti miga!

Simone de Oliveira (Festival Eurovisão da Canção 1965) - A Desfolhada

A todas as mulheres, em especial à minha Mãe

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tribalistas - Velha Infância

Vejam a letra em baixo

Tribalistas - Velha Infância (Letra)

Você é assim, um sonho pra mim, e quando eu não te vejo.
Eu penso em você, desde o amanhecer, até quando eu me deito.
Eu gosto de você.
E gosto de ficar com você.
Meu riso é tão feliz contigo.
O meu melhor amigo é o meu amor.
E a gente cantar, e a gente dançar, e a gente não se cansa.
De ser criança, da gente brincar, da nossa velha infância.
Seus olhos meu clarão.
Me guiam dentro da escuridão.
Seus pés me abrem o caminho.
Eu sigo e nunca me sinto só.
Você é assim, um sonho pra mim, quero te encher de beijos.
Eu penso em você, desde o amanhecer, até quando eu me deito.
Eu gosto de você, e gosto de ficar com você.
Meu riso é tão feliz contigo.
O meu melhor amigo é o meu amor.
E a gente cantar, e a gente dançar, e a gente não se cansa.
De ser criança, da gente brincar, da nossa velha infância.
Seus olhos meu clarão, me guiam dentro da escuridão.
Seus pés me abrem o caminho.
Eu sigo e nunca me sinto só.
Você é assim, um sonho pra mim, você é assim.
Você é assim, um sonho pra mim, você é assim.

Sting - Desert Rose - Life

Dedicado ao meu marido

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Jardim do Marquês do Pombal

O Jardim que marcou a minha Infância

Porto Sentido - Rui Veloso

A minha cidade

Rap das Armas - Tropa de Elite

Para a minha cunhada

Turma E.F.A. 12º Ano - Técnicos de Informática





Tânia Mara - Se Quiser

Linkin Park - Shadow of the day

A nossa música


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

James Blunt - Same Mistake

Natureza

Não há nada mais bonito que a Mãe Natureza...!

Amizade




Amigos não são aqueles que estão connosco todos os dias, mas sim aqueles que estão presentes em todos os momentos importantes ou difíceis da nossa vida!